Por que o funk e cultura?

Por que o funk é cultura?

O funk faz parte do hip hop – um movimento cultural criativo e importante, que está espalhado pelo mundo inteiro. Ele nasceu nos Estados Unidos como uma mescla de ritmos negros como R&B, soul, rock e a música psicodélica, no final da década de 1960.

Como o funk representa o Brasil é nossa cultura?

Entre os detratores do gênero é comum ouvir que o funk estaria entre os responsáveis por um declínio moral e cultural do Brasil. Entretanto, de acordo com a opinião de profissionais e especialistas ouvidos pelo Nexo, o funk pode ser entendido sim como consequência de uma sociedade marcada por exclusão e violência.

Como o funk é visto nos dias de hoje?

Em alguns casos, o preconceito com a cultura funk coloca em xeque não apenas o convívio social dos artistas, mas sua própria vida. Situações extremas como crimes de ódio e homicídios são comuns no mundo do funk, e refletem a intolerância e a discriminação da sociedade brasileira.

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Qual a importância do funk carioca?

É uma cultura que gera sociabilidade entre jovens, sempre muito popular entre as classes C e D”, conta. Ainda que hoje nomes como MC Kevinho, Anitta, Mc Soffia e Ludmilla habitem a boca e pés de quem gosta do ritmo, a cultura do funk é ainda essencialmente a dos bailes.

O que o funk representa para os jovens?

O funk prega muito isso hoje: o trabalho, buscar o progresso, o melhor que a vida pode dar”, afirmou ao Nexo. Ao mesmo tempo, segundo Delgado, “é também a música de beijar na boca, de ir para a festa. É o lifestyle do jovem de favela.

Porque o funk é importante para o Brasil?

Segundo Bruno Ramos, o funk já provou que salva vidas. “Ele tira crianças das mãos do crime, dá um caminho profissional para muitos jovens, permite espaços de liberdade e o reconhecimento para as mulheres e para a comunidade LGBTQIA+, que são esses corpos estigmatizados pela grande mídia”, enfatizou.

Como o funk americano foi apropriado pela cultura brasileira quais são suas variações no Brasil?

Trazido para o Brasil no final dos anos 1970, os primeiros bailes funks eram realizados na Zona Sul do Rio de Janeiro (área nobre da cidade). Já nos anos 1980, a ideia que dominava o funk no Brasil era o Miami bass. Gênero similar ao eletro e que possui batidas comandadas pelo DJ, porém, com letras em inglês.

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Porque o funk é odiado?

O funk é a expressão de uma cultura juvenil, e é muito fácil essa passagem de uma expressão cultural para uma expressão criminosa. A sociedade tem muito preconceito, que vem desde a época da escravidão. Junta-se a isso a desigualdade social e o negro é visto como o bandido, como o desqualificado.

Como o funk pode ser analisado pela sociologia?

mas para a manutenção de uma sociedade mais pacífica, precisa ser feita cotidianamente. Como tudo o que o ser humano produz é considerado cultura, independentemente de sua beleza, utilidade ou da moralidade, o funk pode ser analisado como um exemplo a ser confrontado para um exercício de relativização cultural.

Porque funk é tão odiado?

Por que o funk incomoda tanto?

O funk é música. Incomoda pois é periférica. Já foi assim com o samba. Porque nem toda festa é gueto, nem toda é com preto e claro, “não é esse lixo que é o funk”.